Pequenas Empresas & Grandes Negócios conversou com especialistas para saber o que é preciso observar ao começar a vender pela internet

Ricardo F. Santos 
 
As vendas pela internet vêm crescendo expressivamente. Segundo pesquisa da empresa de monitoramento de comércio eletrônico e-bit, de 2008 para 2009, houve aumento de 30% no volume de vendas, alcançando uma receita bruta de R$ 10,6 bilhões. E o mesmo crescimento é esperado para este ano. O número de consumidores que fizeram compras na internet no ano passado também cresceu - um terço: são agora 17,6 milhões de pessoas. Para 2010, a expectativa, igualmente otimista, é de que o número chegue a 23 milhões
Outra pesquisa, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) feita com 500 micro e pequenas empresas paulistas, mostrou que no estado cerca de 30% das MPEs compram ou vendem pela internet. Em comparação com as empresas grandes, o número ainda é muito baixo. Das 70% que não realizam negócios pela internet, 47% declararam que não precisam usar esse canal e 19% admitiram falta de estrutura e conhecimento para utilizar as ferramentas de comércio eletrônico. A superintendente de marketing da ACSP, Sandra Turchi, desconfia das declarações. “Muitos entrevistados dizem que não se interessam pela internet por total desconhecimento de como usar a ferramenta, mas não querem admitir na pesquisa”, diz ela.
O velho medo de ter os dados roubados em alguma transação - como número de cartão de crédito e endereço da residência, por exemplo - diminuiu muito; os problemas agora são outros. “O furto do número do cartão se dá de várias maneiras, pode ocorrer até num posto de gasolina desconhecido. Os maiores desafios da venda online hoje são o processo logístico e o atendimento correto ao cliente”, afirma Sérgio Herz, diretor financeiro e de novas tecnologias da Livraria Cultura.
De olho no crescimento do setor e na oportunidade que ele representa para os pequenos empreendimentos, Pequenas Empresas & Grandes Negócios conversou com especialistas para trazer aos leitores os dez pontos mais importantes para atentar ao entrar no varejo virtual.
 

Resultado de um mapeamento detalhado do mercado, a chamada inteligência competitiva pode servir de base para a tomada de decisões na sua empresa. Saiba como colocá-la em prática

por Heloiza Camargo e Marisa Adán Gil 
 
Um dos mitos que cercam o mundo dos negócios é que só as grandes empresas deveriam se preocupar em implantar um sistema de inteligência competitiva. “Qualquer organização, independentemente do porte, é obrigada a monitorar a concorrência. O que muda é o grau de sofisticação que imprimem ao processo”, diz Leonardo Rangel, sócio da Cortex, empresa especializada em soluções de IC. Mas o que é, exatamente, inteligência competitiva? Segundo os especialistas, trata-se do processo de coleta e análise de informações sobre concorrentes, clientes e fornecedores, que seria usado como base para a tomada de decisões.

“A inteligência competitiva é o resultado final de um processo de armazenamento de informações que deverá gerar conhecimento sobre a lógica do mercado e direcionar as ações estratégicas da organização”, diz Robson Alberoni, presidente do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc). Segundo ele, o principal benefício é a possibilidade de se antecipar a movimentos do mercado e tomar as melhores decisões. “Com o uso adequado da IC, a empresa ganha a possibilidade de ser mais ágil que as concorrentes em implantar mudanças, antes que o mercado a obrigue a isso”, completa Roberto Sargot, professor e gerente de marketing da Fundação Dom Cabral.

Como organizar
O primeiro passo é determinar a motivação, diz Rangel. “Para que a empresa precisa da inteligência competitiva? Que tipo de decisões serão tomadas com base nessas informações? Tendo em vista o objetivo, fica mais fácil saber quais informações devem ser coletadas.” Segundo Sargot, são vários os questionamentos que o empresário deve ter em mente. “Quais informações gostaria de ter em relação ao meu concorrente? Quais dados do mercado podem ser úteis?” Depois de responder a todas essas perguntas, será possível estabelecer um foco, evitando o excesso de informações.

Como colocar em prática
A coleta de dados pode ser feita por meio da internet, revistas, jornais, associações de classe e até conversas com os concorrentes. Segundo Eduardo Belleti, consultor do Sebrae Paraná, é preciso sistematizar a prática: determinar quem serão os responsáveis pela coleta, como os dados serão armazenados e qual será a periodicidade da pesquisa. Feita a coleta de informações, é hora de analisar o material. Belleti salienta que é comum o empreendedor olhar para os dados e tirar conclusões precipitadas, baseadas somente na sua visão de negócio. “É preciso ser o mais isento possível. Às vezes, a concorrência é melhor mesmo. Temos de admitir isso para evoluir”, diz o consultor.

Fonte: PEGN


COMO CRIAR SEU PRÓPRIO SISTEMA
DADOS PRECIOSOS
A empresa mineira de fertilizantes líquidos Biofert criou o seu sistema de IC a partir da coleta de dados em periódicos, feiras, eventos e visitas a clientes, concorrentes e fornecedores

PASTA NO SERVIDOR
Para armazenar os dados, foi criada uma pasta dentro do servidor chamada “pesquisa de mercado e outras informações”, que organiza todo o conteúdo de inteligência competitiva

    Coragem se destaca na nuvem de palavras criada com base nas respostas dos empresários.
    São Paulo - Todo ser humano tem capacidade para inovar, basta ter coragem para fazê-lo. Esta é a conclusão de um levantamento feito pela empresa de consultoria Pieracciani, especializada em gestão da inovação. Todos os anos, a consultoria se reúne com líderes das principais companhias brasileiras para debater sobre questões ligadas à inovação e, desta vez, a pergunta feita aos executivos foi "quais as características ou conhecimentos técnicos que definem pessoas inovadoras?".
    A palavra "coragem" foi a mais citada pelas 32 participantes, dentre elas, Odebrecht, Nestlé, Oi, Delphi e AmBev. A contagem de expressões foi feita por meio do Wordle, software específico para analisar discursos, que cria a imagem de acordo com a incidência de cada palavra da pesquisa. Para o diretor da Pieracciani, Valter Pieracciani, esse resultado foi muito instigante, já que muitas empresas ressaltam a coragem, mas não dão espaço para que ela se manifeste.
"Isso foi bom para mostrar que é importante mudar a cultura das empresas, não apenas transformar o discurso delas, mas as ações. É importante incentivar os erros, assumir mais riscos, incentivar a iniciativa". Pieracciani também contesta os chamados benchmarks, referências que companhias tomam a partir de ações de outras empresas, que, muitas vezes criam um padrão limitante para a inovação.
O consultor não define inovação como um dom, tampouco como fruto da hereditariedade. Assim como os grandes empresários que responderam à pesquisa, ele concorda que é preciso coragem para desafiar as pressões da sociedade, da família, e até mesmo dos chefes, para, assim, conseguir realmente produzir algo inovador.
by Luciana Carvalho
Fonte: Exame

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